segunda-feira, 13 de abril de 2020

Releitura épica: “O Tempo e o Vento” é a melhor saga da literatura brasileira


“O tempo faz a gente esquecer. Há pessoas que esquecem depressa. Outras apenas fingem que não se lembram mais.”
(Erico Verissimo)

É absolutamente impossível tecer qualquer comentário que não seja parcial sobre o término da releitura que fiz da gigantesca obra “O Tempo e o Vento”, de Erico Verissimo, escritor gaúcho, de Cruz Alta, falecido em 1975, que também escreveu outras obras consagradas como "Incidente em Antares" e "Olhai os Lírios do Campo". Os motivos são variados: 

1 - Qualidade literária;
2 - Sagas sempre impressionam;
3 – Os duzentos anos da cronologia tem como fatores principais o passar do tempo e a chegada do vento;
4 – Não há pontas soltas;
5 – Personagens memoráveis;
5 – Ironia constante;
6 – A obra é praticamente a autobiografia do autor;
7 – Enredos familiares e rivalidades de sangue e classe são ingredientes de lutas;
8 – A força motora é das mulheres que resistem em casas e não dos homens que provocam e participam de guerras sem sentido;
9 – É interessante acompanhar a formação da linhagem de uma família;
10 – Ninguém relê uma obra desse tamanho só por considerá-la boa. Ela tem que ser extraordinária e nisso “O Tempo e o Vento” se consagra ainda mais.

“O Tempo e o Vento” é uma trilogia composta pelos sete livros “O Continente volume 1”, “O Continente volume 2”, “O Retrato volume 1”, “O Retrato volume 2”, “O Arquipélago volume 1”, “O Arquipélago volume 2” e “O Arquipélago volume 3”, contando a história da formação do Rio Grande do Sul, desde 1745 até o ano de 1945, somando duzentos anos de história que mescla realidade e ficção tendo como pano de fundo o passar do tempo e a chegada do vento (fatores essenciais que marcam os principais momentos). 

A minha releitura durou mais tempo do que eu imaginava – não pelo número de páginas (2.203) – mas por conta das anotações de vários trechos da obra e principalmente porque estamos atravessando a pandemia do Coronavírus que não me deixou concentrar por quase duas semanas. 

Mas enfim, livro concluído! Choro garantido! E cada personagem guardado em lugar muito especial: no meu mundo literário. Hoje, mais madura, reconheço o valor histórico, político e social da obra como um grito de alerta aos horrores das guerras, para a necessidade quase brutal que os homens gaúchos tem de se afirmar homens e da inutilidade de se ter “poder”. E então nos perguntamos: poder para quê?

Fica aqui a recomendação para que você dê uma chance ao livro e não se assuste com o tamanho. Comece lendo aos poucos que após as trinta primeiras páginas o tempo vai te levar e o vento vai te varrer para a mais famosa saga da literatura brasileira.

Breve release de cada livro:

O Continente (volumes 1 e 2):

O livro acompanha a formação da família Terra Cambará. Num constante ir e vir entre o passado – as Missões, a fundação do povoado de Santa Fé – e o tempo do Sobrado, sitiado pelas forças federalistas, em 1895, desfilam personagens fascinantes, eternamente vivos na imaginação dos leitores: o enigmático Pedro Missioneiro, a corajosa Ana Terra, o intrépido e sedutor Capitão Rodrigo, a tenaz Bibiana.

“Ter filhos é que é negócio de mulher, eu sei – continua Maria Valéria. – Criar filhos é negócio de mulher. Cuidar da casa é negócio de mulher. Sofrer calada é negócio de mulher. Pois fique sabendo que esta revolução também é negócio de mulher. Nós também estamos defendendo o Sobrado. Alguma de nós já se queixou? Alguma já lhe disse que passa o dia com dor no estômago, como quem comeu pedra, e pedra salgada? Alguma já lhe pediu pra entregar o Sobrado? Não. Não pediu. Elas também estão na guerra.”

O Retrato (volumes 1 e 2):

Rodrigo Terra Cambará se revela um líder populista, defensor dos pobres e do Estado Novo. Em 1945, com a queda de Vargas, ele volta do Rio de Janeiro à sua cidade natal para ajustar as contas com a família, que, no embate entre a tradição rural e o início do processo de urbanização, não se reconhece mais no país que ajudou a construir.

“Agora, naquele trem viajava um homem de 24 anos que trazia nas veias o sangue do Capitão Rodrigo. Era o primeiro Cambará letrado na história da família, o primeiro a vestir um smoking e a ler e falar francês, levava na mala um diploma de Doutor e agora uma imagem maravilhosa lhe ocorria. Ele podia, ou melhor, devia usar este diploma como o Capitão Cambará usara a sua espada: na defesa dos fracos e dos oprimidos”.

O Arquipélago (volumes, 1, 2 e 3):

O livro encerra a saga protagonizada pela família Terra Cambará. Santa Fé, o Rio Grande do Sul e o Brasil como um todo se modernizam e já não cabem nos planos das oligarquias tradicionais. Os Cambarás retiram o apoio ao governo e aderem à Revolução de 1923. A história da família se mistura com a realidade fervilhante do país na primeira metade do século XX. As disputas pelo poder, a bravura e o amor marcam a obra que se firmou como um dos maiores clássicos da literatura brasileira. 

“Espera mais um dia ou dois, e verás como vais te sentir mais perto de teu pai que nunca. Morto, ele passará a ser o que tua amorosa imaginação e a tua saudade fizerem dele. Nossa memória é dotada dum filtro mágico cuja tendência é deixar passar para a consciência apenas as boas lembranças dos dias vividos e das pessoas mortas. E é justamente essa inocência da memória que nos torna possível continuar vivendo sem desespero”. 

domingo, 12 de abril de 2020

Podcast da Esquina #6: Músicas para ouvir durante o trabalho

O sexto episódio do Podcast do Blog da Esquina traz dicas de dez músicas que vão do rock ao eletrônico, do clássico ao novo para você ouvir durante o trabalho. 

Em tempos de muitas pessoas dentro de suas casas cumprindo o isolamento social imposto pela OMS, a realidade se modifica e muitos realizam home office. Pensando nisso, os irmãos Henrique e Renata indicaram músicas interessantes para dar "um up" ao seu trabalho. 

Podcast da Esquina #5 - O que você levaria para uma ilha deserta?



O quinto Podcast dos irmãos Henrique e Renata está disponível no Spotify e foi gravado antes do assunto COVID 19, o novo Coronavírus tomar índices tão alarmantes no país. 

No episódio, eles lançam sugestões de livros, filmes, bebidas, álbuns, games, séries e até uma rede social para passar a quarentena de isolamento numa ilha deserta com um "coqueiro tecnológico". 

A capa desse episódio é uma referência ao álbum "The English Riviera", da banda Metronomy.

Indicações de Henrique Mofati:

Álbum "Random Access Memories", da banda Daft Punk
Livro "Harry Potter e a Câmara Secreta", de J.K. Rolling
Série "Friends"
Rede Social "Youtube"
Filme "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"
Bebida "Água ou Coca Cola"

Indicações de Renata Mofatti:

Álbum "Meu Mundo Gira em Torno de Você", da banda Kid Abelha
Livro "Guerra e Paz", de Liev Tolstói
Série "The Walking Dead"
Rede Social "Youtube"
Bebida "Café"
Filme "Violação de Privacidade"


terça-feira, 31 de março de 2020

“A Peste” e “Ensaio sobre a Cegueira”: dois livros fundamentais na quarentena



Estamos vivendo dias cabulosos onde uma parede branca parece estar à frente de nossos olhos. Nem imagino como sairemos dessa - não há receita pronta e o máximo que sei é o modelo de outros países – apenas vivo um dia após o outro na vastidão da pandemia ocasionada pelo Covid-19, o novo Coronavírus. 

No início, pensei que o isolamento seria ficar em casa e fazer o que gosto: cuidar de mim, ler, escrever, produzir e até arrumar as gavetas. Que nada! Neste tempo, a preocupação substituiu o pensamento egoísta e pensei mais no coletivo. 

Bombardeada minuto a minuto com as mudanças mundiais e fake news  que vem às toneladas via WhatsApp, acompanhei a luta terrível da “ignorância x ciência” e isso tem um custo caro: a paz! Somos personagens de um filme de extremo mau gosto num futuro incerto por não saber se o Brasil tem capacidade de aguentar (outros países se deram mal), portanto o isolamento social é o que representa alguma proteção. 

Hoje, último dia de março, após respirar melhor e enxergar através da neblina, estou conseguindo cuidar mais do meu estado de espírito, sem deixar de acompanhar as notícias e divulgar as que forem confiáveis. Dessa forma, também estou disposta a colocar as leituras em dia.

Sigo relendo a trilogia “O Tempo e o Vento”, de Erico Veríssimo. Estou no primeiro volume do último livro intitulado “O Arquipélago”, e em breve conto detalhadamente como é a experiência de uma releitura desse livro gigantesco que considero o “Game of Thrones brasileiro”.

Mas aqui estou para indicar duas leituras que entendo como fundamentais por retratarem epidemias porque elas nos mostram, vividamente, os perfis das personagens literárias que se confundem com o que vemos no dia a dia: os vilões, os mocinhos, os solidários, os que estocam comida, os que não sabem de nada, os que muito sabem e não compartilham, o povo, o governo, os que reclamam e não agem, e milhões de caricaturas facilmente reconhecidas no meio virtual quando o assunto é uma crise séria. 

As duas dicas são de livros que, independente do mundo atravessar uma pandemia, entram no meu rol de melhores leituras da vida: “Ensaio Sobre a Cegueira”, de José Saramago e “A Peste”, de Albert Camus. Ambas as leituras são nuas e cruas, em nenhuma delas você sai aliviado e o incômodo é maior com o que é capaz um ser humano em situação extrema, do que com a própria epidemia retratada. 

Confira um breve release de cada uma e se tiver coragem, leia. O momento em que vivemos pede essas leituras: 

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, de José Saramago

Release da contracapa do livro:

“Um motorista, parado no sinal, subitamente se descobre cego. É o primeiro caso de uma “treva branca” que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos vão se descobrir reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas.

O Ensaio sobre a Cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar “a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam”. José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti.

Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, face à pressão dos tempos e ao que se perdeu – “uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos”.

A PESTE, de Albert Camus

Release da contracapa do livro:


"Com A Peste, Albert Camus tenta a demonstração de um novo cogito cartesiano: “Eu me revolto, portanto nós somos.” Pois a revolta (individual) contra o absurdo é também revolta (coletiva) a favor dos valores que a própria revolta revela.

Alegoria da condição humana, A Peste é também uma alegoria de acontecimentos históricos ainda recentes: a cidade de Oran assolada pela epidemia lembra a França ocupada da Segunda Guerra Mundial e a infecção do nazismo. Romance de resistência, portanto, em todos os sentidos da palavra.

Meursault, o anti-herói de “O Estrangeiro”, revive, aqui, com os traços do jornalista Tarrou. Mas a trágica trajetória de um destino meramente individual assume, em A Peste, sua verdadeira dimensão. O absurdo é universal.

Nada melhor - como já mostrara André Malraux na sua fase romanesca - do que uma crise coletiva para revelar ao indivíduo acuado os valores não individuais – políticos, éticos, metafísicos - que constituem sua preciosa individualidade. 

Como o próprio Malraux, como Sartre e como tantos outros intelectuais e artistas franceses do século XX, Camus descobre a primazia do coletivo com suas personagens lúcidas e atormentados, cujas histórias particulares se encontram repentina mas decisivamente emaranhada nos fios de chumbo da História, o romance A Peste pode ser lido com uma crônica deste descobrimento".

Albert Camus em três frases:

“É no momento da desgraça que a gente se habitua à verdade, quer dizer, ao silêncio.”

“Agora, sei que o homem é capaz de grandes ações. Mas se não for capaz de um grande sentimento, não me interessa.”

“Quem podia afirmar que a eternidade de uma alegria podia compensar um instante da dor humana?”

José Saramago em três frases: 

“A alegria e a tristeza podem andar unidas, não são como a água e o azeite.”

“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.”

“O difícil não é ter que viver com as pessoas, o difícil é compreende-las.”

terça-feira, 17 de março de 2020

Coronavírus: vamos tentar praticar a solidariedade e empatia?


Amigos e amigas, divido aqui com vocês um pequeno texto que produzi sobre o que estamos vivendo. Vamos tentar praticar?
Ser solidário neste momento é não divulgar Fake News, conferir as fontes de informações, não alarmar sem necessidade, não promover ou comparecer a grandes eventos (mesmo se forem religiosos), lavar as mãos com água e sabão por vinte segundos e pedir que nosso amigo ou familiar também as lavem, não realizar eventos ou reuniões com muitas pessoas, evitar viajar sem motivos reais e urgentes, cuidar de sua saúde mental porque a energia vibracional do mundo está negativa e temos que proteger nossa imunidade, procurar saber se seu parente idoso está se cuidando de forma correta, saber que Deus não age sozinho por isso temos que fazer o nosso papel, acreditar que isso vai passar (mas isso também vai chegar), não seguir instruções de pessoas despreparadas com suas receitas “miraculosas”, respeitar o momento em que vivemos, agir mais do que falar, se as aulas foram suspensas (deixar seus filhos dentro de casa), saber que mesmo isolados não estamos sozinhos, entender que somente a prevenção pode ajudar a não abarrotar os hospitais porque não estamos preparados para uma pandemia, não ficar mais de uma hora na frente da TV porque sairemos de lá massacrados (vamos assistir o tempo necessário para nos informar), seja qual for a sua crença ou descrença (enviar energias positivas sempre a todo momento), denunciar próximas excursões para áreas com ou sem risco, se chegar algum suspeito ou suspeita em nosso Hospital não vamos ficar especulando, espetando, vamos aguardar as informações oficiais (tenho a impressão que tem gente que gosta de saber o pior).
Hoje a solidariedade pode ser virtual e de dentro de suas casas é possível enviar e receber boas energias.
Vamos agradecer por mais um dia e pedir a Deus que quando o vírus chegar (porque vai chegar) estejamos prevenidos e preparados.
Assim seja! Axé! Amém! Glória a Deus!

domingo, 15 de março de 2020

Podcast da Esquina #4 - Videogames: Clássicos 2D e a evolução da indústria gamer



Já está disponível no Spotify, o quarto episódio do Podcast da Esquina, comandado pelos irmãos Henrique Mofati e Renata Mofatti, que dessa vez, elencam os grandes clássicos do Super Nintendo, Nintendo 64 e PlayStation, em uma conversa bem humorada sobre a evolução da indústria gamer. Dos gráficos 2D pixelados da era 16 bit aos gráficos poligonais em 3D da era Nintendo 64 e PlayStation.

Clique aqui para acessar o Podcast da Esquina no Spotify, ou aqui para escutar gratuitamente através do Anchor

sábado, 14 de março de 2020

Patti Smith: a “intelectual punk” é uma lenda viva da música e literatura


"Saíamos para caminhar à noite. Às vezes conseguíamos enxergar Vênus acima de nós. Era a estrela dos pastores e a estrela do amor"
(Patti Smith)

Com 73 anos Patti Smith não pára de criar em seu trabalho humanitário, ativista e repleto de premiações.

Se a sua busca é por uma autobiografia nada convencional, cativante e afetiva, o caminho a percorrer é a leitura de “Só Garotos”, escrita pela cantora, fotógrafa, compositora, poetisa e musicista norte americana Patti Smith, conhecida como a Poetisa do Punk, que entrega um livro emocionante em todos os sentidos ao contar sua trajetória antes de se tornar famosa e seu envolvimento com o fotógrafo Robert Mapplethorpe, com quem dividiu a cama, a comida e o sonho de ser artista. 



O livro reúne fotos, bilhetes e histórias extraordinárias que narram os altos e baixos que o casal atravessou na efervescente Nova York das décadas de 60 e 70. Dos bastidores artísticos, às viagens alucinógenas, a aceitação de Patti ao descobrir que seu par era homossexual, até a fome absoluta que o casal passou nos dá uma dimensão da intensidade e crueldade dessa fase complicada. 


“Só Garotos” é uma obra literária essencial para quem curte música, arte, rock, fotografia e também destinado a quem tenta entender o poder do perdão (clichê, né?), mas essa é uma das camadas mais profundas da biografia. Prepare os lenços porque é emocionante, tal como esse trecho que resolvi transcrever aqui: 

"Dissemos adeus e saí do quarto dele. Mas algo me atraiu de volta. Ele caíra em um sono leve. Fiquei ali parada olhando para ele. Pacífico, como uma criança antiga. Ele abriu os olhos e sorriu. "Já voltou?". E tornou a dormir. E assim minha última imagem foi a primeira. Um jovem adormecido sob um manto de luz, que abriu os olhos com um sorriso de reconhecimento para alguém que nunca fora uma estranha para ele..." 



Curiosidades:

+ Patricia Lee Smith, a Patti Smith, nasceu em Chicago em 1946 e tronou-se proeminente durante o movimento punk com seu álbum de estréia, Horses, em 1975, trazendo um lado feminista e intelectual à música punk, tornando-se uma das mulheres mais influentes do rock and roll.

+ A Revista Rolling Stone a colocou no 47º lugar em sua lista dos cem maiores artistas de todos os tempos.

+ Sempre envolvida com questões políticas, de liberdade e feminismo, Patti Smith, em 2005, realizou comícios contra a Guerra no Iraque e a favor do impeachment do Presidente George W. Bush

+ Ela pertencia a uma sociedade secreta. No livro, Smith conta como ela recebeu um convite da CDC, ou Continental Drift Club, uma sociedade que luta contra as mudanças climáticas e trabalha pela preservação da herança do geólogo Alfred Wegner. O grupo de apenas 27 membros se reúne em endereços aleatórios, como na Islândia, país onde vive a cantora.

+ Viajava às vezes só para visitar os túmulos de alguns autores. Ao Japão por causa de Yukio Mishima; a Yorkshire, na Inglaterra, por Sylvia Plath; e à Espanha para visitar a casa da família de Roberto Bolaño e se sentar na escrivaninha do escritor. 

+ É apaixonada por cafés, onde passa horas lendo. Seu preferido? O Ino, em Nova York. A cantora diz que pode chegar a beber até 14 xícaras de café por dia.

+ Já dormiu na cama de Diego Rivera. Quando visitou o México em 2012, convidada pela Casa Azul para dar uma palestra, Patti Smith ficou doente. Os organizadores então instalaram-na no quarto do pintor, e ela aproveitou para fotografar os vestidos de Frida Kahlo que estavam por lá.

+ Antes de viajar, ela lista todo o conteúdo de suas malas, "mesmo se são sempre as mesmas coisas": camisas, ternos, livros e pasta de dente.

+ Até o momento, Patti contabiliza 11 álbuns de estúdio lançados, os quais possuem ótima recepção da crítica e seguem uma linha que mostra um lado mais feminista da cantora e compositora, inovando no jeito de se destacar e fazer punk e rock.

+ Dalai Lama e Patti Smith dividiram o palco no festival de Glastonbury, em 2015, num evento britânico.